14/02/2009

EU, CLAUDIANA CLARICE E FRANCO RUBEM

UM POUCO MAIS

VAMOS FILMAR RUBEM BRAGA

LEME MEU TERRITÓRIO FRONTEIRA DE COPACABANA

Uma Dora verdadeiramente duas Clarices

UM POUCO MAIS
_ Tânia, minha irmã, como está Marcia? Eu estou com gripe horrível e ontem tive uma entrevista longa com Carlinhos Oliveira... Carlinhos quer dar outro tipo de entrevista, mas não pude aceitar porque se eu fizer duas entrevistas com cada entrevistado o tempo não rende. Desliga o telefone.

Uma Rita muito Clarice

UM POUCO MAIS
Rita Elmor que já tinha vivido Clarice no teatro. Agora volta em Clarice que entrevista o futebolista João Saldanha.
Se ganhar no grito fosse possível, a Itália seria imbatível. Este diálogo foi especialmente escolhido tendo em vista o interesse das mulheres pelo futebol. É um jogo masculino, mas a freqüência feminina nos estádios aumenta cada dia mais. Será porque a moça de hoje entende de futebol e adora assistir a uma partida? Ou será porque nos campos desse jogo essencial é que se encontram os cavalheiros, possíveis namorados? O meu diálogo serve também para a mulher entender um pouco de futebol, especialmente quando se aproxima o jogo Brasil-Inglaterra. E quem poderia dizer algumas palavras máximas e claras senão o nome do dia: João Saldanha? Pessoalmente é um homem bonito e interessante, pouco afeito a qualquer pose: e ocupado demais para passar pelo que não é, ocupado que está em dar conta do muito que já é. João, desde quando você se interessa por futebol, quer dizer, mais do que os ‘tarados’ por futebol?

Uma Beth muito Clarice

UM POUCO MAIS
Avisei a Nelson Rodrigues que desejava uma entrevista diferente. É um homem tão cheio de facetas que lhe pedi apenas uma: a da verdade. Ele aceitou e cumpriu. Você é da esquerda ou direita?

Aracy Balabanian

UM POUCO MAIS
A verdadeira Deusa!
Uma Clarice que permeia todas as outras.
Nesta cena Aracy como Clarice telefona para Chico Buarque. Ele não está em casa, não atende a ligação.
Clarice então telefona para Tônia Carrero.
Marcam uma entrevista, um encontro.

Karan Machado

UM POUCO MAIS
Karan Machado, meu ator que fez o João Saldanha. Grande ator que vai ser também o diretor do "Romance Nordestino" peça de Ferreira Gullar que eu vou produzir em 2009 e 2010.
Aqui o Karan interpreta ao lado de Rita Elmor, de todas eu diria e minha mãe também, que Rita é muito parecida com Clarice quando tinha uns vinte anos de idade.
Aqui ela faz uma Clarice que adora futebol. E foi o maior prazer filmar no campo do Botafogo. Num jogo de Botafogo e Náutico.

Lucélia Santos, Claudiana Cotrim, Joana Antonaccio

UM POUCO MAIS
Lucélia Santos foi ao set e fez uma participação. Eu como organizadora do roteiro e diretora imaginei na hora uma personagem hipie dos anos 70, que cruza com Clarice na praia e reconhece a escritora Clarice Lispector.
A Clarice por Claudiana Cotrim, em cena com Rubem Braga (Franco Almada) nega ser Clarice.
Ficou engraçado!!! Mas mostrou uma Clarice meio áspera. Acho que na verdade se Clarice negasse ser ela mesmo, por não ligar muito para o que o título nominal significasse seria com muita ironia e qualquer deboche.
Vai entrar no making of!!
Isso me lembra uma estória que a Lucélia sempre me conta de como ela conheceu a Clarice, assim por acaso, numa clínica de emagrecimento. Bom nunca conversei isso com minha avó, mas como a tia Clarice era muito vaidosa pode ser que ela até tenha ido realmente buscar emagrecer uns quilinhos.
Quero que esse blog me leve a memória dos meus encontros com Clarice.
Físicos e Espirituais na forma bem forte da passada de ancestrais de um mundo sobrenatural e misterioso dos mortos. Muito tempo atrás. Sonho com Clarice e o biógrafo Benjamin Moser é testemunha do momento de desintegração do ser ao ponto de esvaziar as têmporas e enfumaçar as lembranças de um momento que tia Clarice diz - Eu estou aqui.

Nelson Rodrigues por Jofre Rodrigues

UM POUCO MAIS
Narração de ator: - Eu tenho o que eu chamaria de amigos desconhecidos. São sujeitos que eu nunca vi, que cruzam comigo numa esquina, numa retreta, num velório. Certa vez fui a uma capelinha ver um colega morto. Eram duas horas da manhã. Uma mocinha saiu do velório ao lado com um caderninho na mão. Fez uma mesura para mim e disse: “Quero ter a honra de apertar a mão do autor de A Vida como Ela É.

Um Fernando Sabino, um Fernando Eiras

UM POUCO MAIS
— Há muito tempo que não escrevo. A última vez foi ali por volta de 1956, 1957. Escrevia por necessidade de me exprimir. Desde então tenho me utilizado da palavra escrita como atividade profissional, por necessidade de ganhar a vida. Mas não chamo a isso de escrever, como ato de criação artística.
_ É sempre deliberado o seu ato criador? Ou você de repente se vê escrevendo? Com Clarice Lispector é sempre uma mistura. É claro que ela tem tem o ato de dor, mas precedido por uma coisa qualquer que não é de modo algum deliberada.

Clarice Louise Cardoso

UM POUCO MAIS
Louise já havia trabalhado comigo no filme O Ovo.
E é sempre surpreendente como esta atriz instiga a direção e toda a equipe.
Ela já veio pronta como atriz, não preciso me preocupar com a forma dela atuar, porque já é tão bela e inteira em cada trabalho